Como resolver?
O São Paulo enfrenta um momento delicado em suas finanças, com a diretoria reconhecendo a necessidade de maior austeridade. Pelo segundo ano consecutivo, a dívida do clube aumentou, o que tem levado a diretoria a adotar medidas para conter os gastos e buscar soluções para equilibrar as contas.
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Em entrevista ao canal do YouTube Arnaldo & Tironi, o superintendente geral do clube, Márcio Carlomagno, revelou que a dívida são-paulina gira em torno de R$ 900 milhões. “Sabemos onde precisamos atuar para estabilizá-la e iniciar a redução”, afirmou o dirigente, destacando que a diretoria tem um plano para controlar a situação.
Dívida aumentou desde 2023
Segundo o Relatório Convocados, elaborado em parceria com as empresas Galapagos Capital e Outfield, a dívida do São Paulo fechou o ano de 2023 em R$ 856 milhões, com um déficit de R$ 62,2 milhões. O balanço financeiro de 2024 será divulgado em abril, trazendo dados atualizados sobre a real situação do clube.
Embora Carlomagno não tenha revelado o déficit esperado para este ano, a situação já preocupa a diretoria. Em entrevista ao CNN Esportes S/A, o diretor de futebol Carlos Belmonte itiu que o momento exige cortes no orçamento e readequação dos gastos com o elenco.
“Precisamos reduzir ainda mais os custos com o futebol. Não temos poder de investimento, então, para trazer novos jogadores, é necessário vender atletas antes. Nem sempre conseguimos alinhar as saídas e chegadas no tempo certo, o que torna esse processo ainda mais difícil”, explicou Belmonte.

RJ – RIO DE JANEIRO – 17/04/2024 – BRASILEIRO A 2024, FLAMENGO X SAO PAULO – Julio Casares presidente do Sao Paulo antes da partida contra o Flamengo no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
O clube não tem recursos próprios para abaixar o valor da dívida
Além disso, o dirigente reforçou que o clube “não tem recursos” e que a prioridade é manter os compromissos em dia. Diante dessa realidade, a diretoria optou por uma reestruturação financeira, buscando alternativas para reduzir a dívida e garantir maior estabilidade no futuro.
Com 82,22% dos votos, o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou uma proposta que inclui um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC). Esse modelo substituirá os empréstimos bancários por uma dívida de longo prazo, com prazo de quatro anos e meio para quitação, reduzindo os custos financeiros do clube.

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Além dessa mudança, será implementada uma nova política de governança, voltada para a organização financeira a longo prazo. A expectativa da diretoria é arrecadar R$ 240 milhões, permitindo ao São Paulo equilibrar suas contas e buscar um futuro mais sustentável.